História: O que, afinal, foram os Penny Dreadfuls?

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Penny Dreadful foi um tipo de publicação britânica - mais precisamente, caso quisermos situá-la no tempo, na era vitoriana, século 19 -, ao qual contava, semanalmente, impressas em papeis baratos, com histórias escabrosas de assassinatos seriais que custava, cada parte, um mísero centavo e destinadas à adolescentes da classe trabalhadora.

Não há duvidas de que a sociedade inglesa ascendeu drasticamente quanto à educação durante o reinado de Vitória. Entre 1840 e 1900, o grande movimento pela educação popular, isto é, uma educação para todos, não apenas para os filhos da casta social dominante, tornava-se mais intenso à medida em que os materiais para leitura tornavam-se mais acessíveis. A educação para castas inferiores e classes de trabalhadores foi fornecida durante o início do reinado de Vitória por fontes não-governamentais. Em 1970, com a aprovação da Lei da Educação Fundamental, promovido por WE Forster, foi proporcionado o ensino fundamental na Inglaterra e no País de Gales e, uma década depois, em 1880, a escolaridade foi tornara obrigatória até os dez anos de idade. A escolaridade fez com que um número significativo de leitores nas classes inferiores pudessem emergir. Uma nova classe de leitores estava sendo formada, os "mal-alfabetizados" - a educação naquela época dos restringia de informações gerais, como as alusões literárias e histórias mais conhecidas, por isso tal termo.

Em 1855, o imposto sobre jornal foi abolido, e em 1861, o imposto sobre o papel foi abolido. Deste modo, enquanto o The Times continuou a vender, a sua posição, de dominância, foi ameaçada pelo número crescente dos jornais de um centavo. Mesmo assim, até os jornais de um centavo apelavam para os mais educados, pelo menos até 1880, quando a lei de Forster começou a ser sentida. Embora, como afirmam estudiosos, a aprovação da lei ensinou milhões a ler, embora, "sem ensinar-lhes o que ler." Contudo, até no final do século, o Daily Mail e o Evening News já dirigiam seus apelos às classes dos "recém-alfabetizados."

A Era Vitoriana presenciou uma revolução no mercado editoral e, particularmente, em obras para o mercado de massa. Obras e de tratados religiosos foram produzidos em números relativamente grandes e visavam a classe inferior. E foi neste contexto que surgiu o que se chama de Penny Dreadful. Papeis baratos, num valor acessível, os dreadfuls eram histórias de aventuras com teor violento ou crimes seriais aos quais valiam apenas um centavo e era destinado à massa inglesa. Os títulos, muitas vezes soturnos, excitavam leitores assíduos, como "Varney, O Vampiro" e "Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet."

Enquanto maioria dos críticos esnobes tratavam os Penny Dreadfuls de maneira desdenhosa, haviam aqueles que admitiam o prazer ao deleitar-se lendo o gênero.

John Logan, o criador de Penny Dreadful, nos conta um breve resumo abaixo. Confira!




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